Por Que Meu Bebê Acorda à Noite? 10 Razões Comuns
Uma das maiores dificuldades da maternidade, especialmente nos primeiros meses, é lidar com o sono do bebê. Muitas vezes, as noites mal dormidas deixam os pais exaustos, cheios de dúvidas sobre o que pode estar acontecendo. Aqui estão 10 razões comuns e como superar este desafio.
4/27/20257 min read


Uma das maiores dificuldades da maternidade, especialmente nos primeiros meses, é lidar com o sono do bebê. Muitas vezes, as noites mal dormidas deixam os pais exaustos, cheios de dúvidas sobre o que pode estar acontecendo.
Se você está passando por isso, saiba que é totalmente normal e que existem várias estratégias simples que podem ajudar seu pequeno a dormir melhor. Sei que você deve estar se sentindo esgotada por não dormir ou acordar com frequência durante a noite e que em alguns momentos dá até um certo desespero, mas fique calma, dormir é um processo que o bebê ainda está se adaptando, para alguns é mais rápido e outros demoram mais para conseguir dormir a noite toda.
A seguir, vou explicar os principais motivos que levam um bebê a acordar à noite e mostrar práticas eficazes para tornar as noites mais calmas e restauradoras.
Por que o bebê não dorme à noite?
Antes de buscar soluções, é importante entender o que pode estar atrapalhando o sono do bebê. Confira os motivos mais comuns:
1. Fome
Nos primeiros meses, os bebês precisam se alimentar com frequência, inclusive à noite. Nesta fase os bebês têm um estômago muito pequeno, o que significa que não conseguem armazenar grandes quantidades de leite por muito tempo. Por isso, precisam se alimentar com mais frequência, incluindo durante a noite, para garantir que estão recebendo os nutrientes e calorias necessários para o seu rápido crescimento.
Os bebês passam por períodos de crescimento acelerado (chamados de "picos de crescimento") nos quais eles precisam de mais alimentos para suportar o desenvolvimento físico e cerebral. Durante esses períodos, é comum que os bebês peçam para mamar mais vezes, inclusive à noite.
Além de satisfazer a fome, o ato de mamar também oferece conforto ao bebê. O momento de amamentação pode ajudar o bebê a se sentir seguro e confortável, o que é especialmente importante à noite, quando ele pode se sentir mais vulnerável.
Com o tempo as mamadas vão ficando mais espaçadas e ele vai conseguir ficar mais tempo sem acordar.
2. Cólicas
Muito comuns até os 3 meses, cólicas causam desconforto e choros frequentes: se o bebê não estiver com fome e estiver limpinho, há grande possibilidade de estar com cólica.
O sistema digestivo de um bebê recém-nascido ainda está em desenvolvimento. Isso pode levar a dificuldades para processar e digerir alimentos, resultando em gases ou desconforto abdominal. O intestino ainda está aprendendo a funcionar de maneira eficiente, o que pode causar cólicas à medida que o bebê tenta digerir o leite. Quando a mãe por algum motivo não pode amamentar e precisa introduzir fórmulas, essa mudança também faz o bebê ter mais cólicas.
Existem algumas técnicas que ajudam a diminuir esse desconforto: uma manobra com as perninhas pode aliviar as cólicas porque ajuda a liberar os gases presos. Uma massagem suave também ajuda: tente fazer movimentos circulares no sentido horário, começando na parte inferior da barriga e movendo-se em direção ao peito. Deixar a barriga do bebê em contato com a sua também faz bem para o bebê, um dos motivos que o levam a preferir ficar no colo.
Colocar uma bolsa de água quente ou uma toalha morna sobre a barriguinha do bebê pode ajudar a relaxar os músculos e aliviar as cólicas. Certifique-se de que a compressa não esteja quente demais para evitar queimaduras.
Alguns médicos podem recomendar medicamentos para cólicas, como Colic Calm, que ajuda a aliviar os gases. No entanto, esses medicamentos devem ser usados com cautela e somente sob orientação médica, já que o uso inadequado pode causar efeitos colaterais.
3. Troca de ciclos de sono
Os ciclos dos bebês são mais curtos, e muitos acordam no final de cada ciclo. Os bebês ainda estão ajustando seu ritmo circadiano, que regula o ciclo de sono e vigília. Isso significa que eles podem ter dificuldade em distinguir o dia da noite nos primeiros meses de vida, resultando em alimentações frequentes durante a madrugada.
Crie uma rotina noturna: estabeleça uma sequência de atividades calmas todas as noites, como banho morno, massagem suave, história ou música tranquila. A repetição ajuda o bebê a entender que é hora de dormir.
É importante preparar um ambiente tranquilo: O quarto deve ser silencioso, escuro ou com uma luz bem suave. Sons de "ruído branco", como ventilador ou aplicativos de som de chuva, podem ajudar o bebê a relaxar.
Colocar o bebê para dormir e acordar mais ou menos nos mesmos horários todos os dias ajuda a regular o relógio biológico.
Fique atento aos sinais de sono: Bocejos, esfregar os olhos, perda de interesse pelas brincadeiras — todos são sinais de que o bebê está pronto para dormir. Aproveite esses momentos.
4. Desconforto
Fralda suja, calor, frio ou roupas incômodas podem despertar o bebê. Certifique-se de que a fralda está limpa, a roupa é confortável e a temperatura do ambiente está adequada para o bebê. Tente sempre colocar uma fralda noturna ou que tenha uma absorção melhor para aguentar por mais tempo e não vazar durante a noite.
5. Picos de crescimento
Durante os picos de desenvolvimento, como a aquisição de novas habilidades motoras, linguagem ou percepção, o cérebro do bebê está processando muitas novas informações. Esse aumento de atividade pode dificultar que o bebê permaneça em sono profundo por muito tempo, nessas fases, o bebê pode acordar mais vezes pedindo por colo ou leite.
O sono de um bebê é muito diferente do de um adulto, e ele passa por ciclos de sono mais curtos e mais frequentes. Durante os picos de desenvolvimento, esses ciclos podem ser mais interrompidos, pois o bebê pode estar mais consciente do ambiente ao seu redor ou mais agitado.
Evite estímulos antes de dormir, brincadeiras agitadas, telas e muito barulho, aposte em atividades calmas. É importante respeitar as sonecas durante o dia, bebês muito cansados dormem pior à noite. Permitir sonecas adequadas ao longo do dia ajuda o bebê a chegar à noite mais tranquilo.
6. Ansiedade de separação
A partir dos 6 meses, o bebê sente falta dos pais e pode acordar buscando contato. Reduza gradualmente o tempo no colo: comece diminuindo o tempo que embala o bebê, depois passe a apenas segurar no colo sem embalar e em seguida, tente só colocar a mão no peito ou dar tapinhas leves no berço para acalmar. Procure colocar o bebê no berço sonolento (mas acordado), isso ajuda o bebê a associar o berço ao sono. Se ele sempre adormece no colo, pode acordar assustado no berço sem você por perto.
Seja paciente e consistente, mudanças de hábito levam dias ou semanas. Se possível, todos os cuidadores devem seguir a mesma abordagem para não confundir o bebê.
7. Dentição
O nascimento dos dentes traz incômodo que interfere no sono. A dentição pode ocorrer durante os períodos de pico de desenvolvimento e começa por volta dos 6 meses causando dor e irritação, o que pode acordar o bebê durante a noite. Muitas vezes o bebê chora muito, tem febre, não quer sair do colo, deixando os pais sem saber o que está acontecendo, observe se não tem algum dentinho em erupção, normalmente descobrimos apenas depois de quase ter enlouquecido.
Há várias formas seguras e eficazes de aliviar os sintomas. Aqui estão algumas dicas:
Ofereça mordedores próprios para bebês que podem ser resfriados na geladeira (nunca no congelador). O frio ajuda a reduzir a inflamação e alivia a dor.
Massagem gengival: Use um dedo limpo ou uma dedeira de silicone para massagear suavemente a gengiva do bebê.
Em último caso, e sempre com orientação médica, o pediatra pode indicar o uso de analgésicos infantis, como paracetamol ou dipirona.
8. Superestimulação
Muita agitação ou telas perto da hora de dormir deixam o bebê irritado.
Os bebês têm um sistema nervoso ainda imaturo e são muito sensíveis aos estímulos do ambiente — como sons altos, luzes intensas, muitas pessoas falando ao mesmo tempo ou atividades muito frequentes. Quando expostos a um excesso desses estímulos, eles podem ficar sobrecarregados, o que pode resultar em choro excessivo ou irritabilidade, dificuldade para se acalmar, dormir ou manter o sono. Criar uma rotina tranquila, com momentos de silêncio e estímulos graduais e apropriados para a idade do bebê antes da hora de dormir ajuda no desenvolvimento e na regulação emocional dele.
9. Falta de rotina
A ausência de uma rotina confunde o bebê, que não entende quando é hora de dormir.
No começo da vida, podemos ajudar o bebê a entender a diferença entre dia e noite oferecendo um 'mapa do dia': de manhã, passeios, janelas abertas, luz natural e sons do cotidiano indicam que é hora de estar acordado; à noite, fazemos o oposto — reduzimos os ruídos, apagamos as luzes e desaceleramos as interações para sinalizar que é hora de descansar.
Os bebês, especialmente nos primeiros anos de vida, se sentem mais seguros e conseguem regular melhor o sono quando têm uma rotina previsível. A ausência dessa previsibilidade pode causar dificuldade para adormecer e despertares frequentes à noite: o bebê pode não entender que é hora de dormir se os horários e os rituais variam muito.
Uma rotina simples — como banho morno, luzes mais baixas, uma música suave ou uma história tranquila — repetida todos os dias no mesmo horário, ajuda a sinalizar para o bebê que está chegando a hora de dormir.
10. Problemas de saúde
É sempre importante observar se o bebê não está com algum problema de saúde, como refluxo ou infecções, que precisam de mais atenção ou procurar um médico. Se o bebê estiver com o nariz entupido ou com alguma dor não conseguirá dormir. Em alguns casos apenas lavagem nasal com soro irá aliviar a respiração e deixar o bebê dormir.
Tenha paciência
Construir um sono tranquilo é um processo: acolhimento, carinho e paciência são essenciais para que o bebê se sinta seguro e confortável.
Cada bebê é único, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Mas uma coisa é certa: com amor, rotina e um pouco de paciência, o sono do seu bebê (e o seu também!) vai melhorar! Se for preciso, não hesite em procurar orientação de um pediatra para avaliar qualquer desconforto ou condição de saúde.
✨ Com o tempo, as noites tranquilas chegam — e todo esse esforço valerá a pena!

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