O dia em que nos sentamos no chão para minha filha comer.
Já parou para pensar no quanto as crianças observam, aprendem e se desenvolvem quando participam das rotinas do dia a dia? Criança que participa, cresce com afeto: descubra a importância de envolver os pequenos nas refeições e tarefas do dia a dia!
9/20/20253 min read


Ensinar uma criança a comer não é uma tarefa fácil, exige paciência, refeições saudáveis e criatividade. Algumas crianças são mais fáceis de aceitar alguns alimentos e outras recusam mais, e se não nos mantemos firmes começamos a dar qualquer coisa para ver a criança comer, mesmo que não seja saudável.
Em um sábado qualquer, quando minha filha tinha cerca de 1 ano e 4 meses, estávamos à mesa para o almoço e tentamos deixar ela na cadeirinha para comer sozinha, mas ela começou a demonstrar dificuldade com a altura da mesa. Tentamos encorajá-la, mas percebemos que ela não estava confortável. Pensamos então: e se deixássemos ela sentar no chão, com o pratinho entre as pernas, no seu próprio ritmo?
Ela aceitou, mas logo ficou cabisbaixa, talvez achando que estávamos a afastando da mesa, do nosso convívio. Foi nesse momento que eu e meu marido nos sentamos no chão ao lado dela, com nossos pratos também, e ali, no chão da sala, fizemos nossa refeição juntos.
O que parecia apenas uma alternativa prática virou um gesto poderoso. Os olhinhos dela brilharam, o sorriso voltou, e ela comeu sozinha – tranquila, feliz e acompanhada.
Depois disso, fiquei refletindo sobre como pequenos gestos de acolhimento fazem toda a diferença na vida de uma criança. Às vezes, tudo o que ela precisa é sentir que não está sozinha, que tem alguém ao seu lado, respeitando seu tempo, seu espaço e suas emoções.
💡Você consegue fazer a criança interagir nas rotinas da família?
Já parou para pensar em quanto as crianças observam, aprendem e se desenvolvem quando participam das rotinas do dia a dia?
Às vezes, na correria, é mais rápido fazer tudo sozinha — preparar o almoço, organizar a casa, guardar as compras. Mas será que estamos aproveitando essas oportunidades para envolver nossos filhos nessas tarefas simples e, ao mesmo tempo, tão ricas em aprendizado?
Será que damos espaço para que eles se sintam parte da família de forma ativa e não apenas como espectadores?
Permitir que uma criança ajude a colocar a mesa, escolher a roupa que vai vestir ou até regar uma planta pode parecer pequeno, mas é enorme para o desenvolvimento da autonomia, da autoconfiança e do senso de pertencimento. Envolver uma criança pede um pouco mais de tempo, mas é recompensador, minha filha, hoje com 2 anos, gosta quando a convido para fazer um bolo comigo, ela ajuda a colocar os ingredientes e a mexer, ela fica super feliz e diz: "tô fazendo bolo com a mamãe".
Você já experimentou chamar a criança para participar? Perguntar a opinião dela, mesmo que ainda fale pouco? Esperar pelo tempo dela em vez de apressar? Deixar ajudar a lavar o carro em um dia quente, dar um paninho pra ela quando está tirando o pó dos móveis, deixar ajudar quando for fazer um bolo, pode parecer pequeno, mas viram momentos inesquecíveis. Mais do que colaborar, ela está criando vínculos com a rotina familiar — entendendo que ali é o lugar dela também.
Então, fica a pergunta: você tem conseguido fazer a criança interagir nas rotinas da sua casa? Que pequenos gestos você pode mudar hoje para incluí-la mais?
⚠️"Toma o celular, só pra eu conseguir fazer minhas coisas..."
Quem nunca se pegou nessa situação? Precisamos cozinhar, limpar a casa, resolver algo urgente... e ali está a criança, pedindo atenção, querendo brincar, fazendo barulho. No meio do caos, o celular parece uma solução rápida e mágica. E realmente, por alguns minutos, resolve. Silêncio, concentração... paz.
Mas a que custo?
O uso excessivo de telas, principalmente na primeira infância, pode afetar diretamente o desenvolvimento da criança. Diminui o tempo de interação com adultos, prejudica o desenvolvimento da linguagem, impacta a criatividade e até afeta o sono e o comportamento.
Mais do que isso: quando usamos o celular como uma "babá digital" constante, sem critérios, perdemos oportunidades valiosas de ensinar a criança a participar da rotina, a esperar, a se entreter sozinha ou simplesmente a estar ali, com a gente — mesmo que não seja brincando o tempo todo.
Claro que ninguém é perfeito. Às vezes, sim, vamos precisar recorrer às telas. Mas é importante refletir: isso está virando regra ou exceção? Estou usando o celular para entreter, ou para evitar a presença da criança na minha rotina?
A boa notícia é que os pequenos adoram se sentir úteis. Dar uma tarefa simples, convidar para "ajudar" ou mesmo explicar o que estamos fazendo pode transformar aquele momento. A criança não precisa estar afastada — ela pode estar incluída.
Porque mais do que silêncio, ela precisa de conexão.
E mais do que ocupar o tempo dela, precisamos aproveitar esse tempo juntos.❤️

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