Bebês e o uso de telas: o que dizem os especialistas
A exposição de bebês às telas tem se tornado uma preocupação cada vez maior entre pais e especialistas em desenvolvimento infantil. Embora instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alertem para os prejuízos causados pelas telas nessa faixa etária, muitas famílias ainda enfrentam grandes desafios para seguir essa recomendação.
5/20/20254 min read


Com a presença cada vez maior da tecnologia no nosso dia a dia, é natural que pais e cuidadores se perguntem: "Será que meu bebê pode usar telas?" Tablets, celulares e televisões fazem parte da rotina de muitos lares, mas será que são adequados para os pequenos nos primeiros anos de vida?
A resposta, segundo especialistas em desenvolvimento infantil, é clara: bebês menores de 2 anos não devem ser expostos a telas, salvo raras exceções. A seguir, explicamos o porquê dessa recomendação e o que é mais indicado para um desenvolvimento saudável.
O Que Dizem as Diretrizes Oficiais?
Organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) têm diretrizes bastante claras:
👶 Bebês de 0 a 2 anos:
Nada de telas!
Exceção: apenas videochamadas com familiares, supervisionadas e com fins afetivos.
🧒 Crianças de 2 a 5 anos:
Tempo limitado a no máximo 1 hora por dia.
O conteúdo deve ser de qualidade, sempre com acompanhamento ativo dos pais ou responsáveis.
Por Que Bebês Não Devem Usar Telas?
Durante os dois primeiros anos de vida, o cérebro do bebê está em um ritmo acelerado de desenvolvimento. Nessa fase, ele precisa de estímulos reais: contato visual, fala, toque, brincadeiras, sons naturais e interação com pessoas. A exposição a telas pode atrapalhar esse processo.
Veja alguns dos principais riscos do uso precoce de telas:
❌ Atrasos no Desenvolvimento
Estudos mostram que o uso excessivo de telas em idade precoce pode estar ligado a atrasos na fala, dificuldades de atenção e menor habilidade social.
🌙 Sono Prejudicado
A luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono, o que pode dificultar o descanso adequado do bebê.
🧠 Estímulos Inadequados
As telas oferecem estímulos rápidos, intensos e passivos. O cérebro do bebê precisa de experiências mais lentas e interativas para se desenvolver de forma saudável.
🪑 Sedentarismo Precoce
O tempo diante das telas geralmente significa menos tempo para o bebê se movimentar, explorar o ambiente e desenvolver habilidades motoras essenciais.
O Que Fazer em Vez de Usar Telas?
Existem muitas alternativas saudáveis e estimulantes para o desenvolvimento dos bebês:
👀 Contato visual e interação direta com os pais e cuidadores.
📚 Leitura de livros físicos, mesmo que o bebê ainda não compreenda.
🎶 Músicas e cantigas infantis cantadas pelos adultos.
🧸 Brincadeiras sensoriais: brinquedos com texturas, cores e sons naturais.
🤗 Colo, carinho e atenção plena.
Essas atividades não apenas entretêm, mas também fortalecem os laços afetivos e promovem o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social da criança.
Em um mundo cada vez mais digital, proteger os bebês da exposição precoce às telas é um ato de cuidado e amor. Eles não precisam (nem devem) assistir a vídeos para aprender — precisam de presença, afeto e experiências reais. Com alternativas simples e afetuosas, você estará oferecendo ao seu bebê o melhor começo de vida possível.
Como Substituir o Uso das Telas para Bebês e Crianças: Ideias Práticas e Saudáveis
Para pais e cuidadores que desejam oferecer alternativas mais saudáveis, a boa notícia é: há muitas formas ricas, divertidas e educativas de substituir as telas no dia a dia das crianças. A seguir, você confere sugestões organizadas por faixa etária, com atividades simples que estimulam o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social.
👶 Atividades sem telas para bebês (0 a 2 anos)
1. Estímulos sensoriais
Bebês aprendem com o corpo todo. Toque, cheiros e sons fazem parte das primeiras descobertas. Experimente:
Brincadeiras com tecidos de diferentes texturas
Caixas sensoriais com arroz, feijão cru, algodão (sempre com supervisão)
Explorar objetos do cotidiano seguros, como potes plásticos e colheres
2. Sons e musicalidade
A música é uma grande aliada para a linguagem e o vínculo com o cuidador:
Cante músicas com gestos simples
Ouça canções suaves e converse com o bebê durante as tarefas diárias
3. Leitura desde cedo
Livros de pano, de banho ou cartonados com figuras grandes estimulam o olhar, a curiosidade e o vocabulário.
4. Interações humanas
O que mais desenvolve um bebê não é o brinquedo — é o humano que brinca com ele. Brincadeiras como "cadê o bebê?", "achou!" ou conversar olhando nos olhos são insubstituíveis.
🧒 Atividades para crianças pequenas (2 a 5 anos)
1. Criatividade sem limites
Crianças dessa idade adoram criar com as mãos. Ofereça:
Pintura com guache, lápis ou giz de cera
Massinha de modelar (pode ser feita em casa)
Brinquedos de encaixe, blocos e peças de montar
2. Faz de conta
O jogo simbólico é essencial para o desenvolvimento da empatia, imaginação e linguagem:
Brincar de casinha, médico, mercado ou super-heróis
Usar utensílios de verdade ou fantasias improvisadas
3. Movimento e corpo ativo
Telas imobilizam — movimento liberta. Proporcione:
Dança livre ao som de músicas infantis
Circuitos com almofadas, cadeiras e fitas no chão
Brincadeiras com bola ou bolhas de sabão
4. Leitura compartilhada
A hora da história pode virar um dos momentos mais esperados do dia. Use diferentes vozes, incentive perguntas e interações.
5. Natureza e mundo real
Sempre que possível, permita que a criança interaja com o mundo natural:
Brincar na grama, areia, terra
Observar insetos, folhas, flores, pedras
Regar plantas ou ajudar a cuidar de uma horta
💡 Dicas extras para pais e cuidadores
Seja o exemplo: se você está sempre no celular, a criança também vai querer estar.
Crie uma rotina previsível, com momentos para brincar, comer, dormir e se movimentar.
Tenha um cesto de atividades à mão, com objetos simples e seguros para distrair a criança enquanto você realiza tarefas.

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